Programa de Acompanhamento e Tratamento de Osteoartrite do Joelho

A osteoartrite é a principal causa de impotência funcional articular observada em todo o mundo, com cerca de 27 milhões de pessoas diagnosticadas somente nos Estados Unidos da América.
A prevalência da doença depende da definição utilizada e da articulação de interesse. Torna-se mais comum com o envelhecimento, principalmente após os 50 anos, sendo as mulheres são mais acometidas do que os homens. Possui origem multifatorial e é definida como uma degradação progressiva e perda da cartilagem articular, inflamação do tecido sinovial, acompanhada por remodelamento do osso subcondral.

A osteoartrite representa cerca de 50% dos atendimentos do Centro de Cirurgia do Joelho. A maior parte desses atendimentos possui desfecho cirúrgico, sendo os pacientes cadastrados nas filas de procedimentos por ordem cronológica de indicação. Destes, a sua maioria possui indicação de artroplastia total do joelho, que é considerado o tratamento de escolha nos estágios finais da doença.

Atualmente, pacientes mais jovens e mais ativos fisicamente têm apresentado indicação de artroplastia devido sequelas de trauma. O avanço da obesidade também tem sido um fator contributivo para esse aumento no número de indicações. Já o envelhecimento da população e os avanços cirúrgicos levaram a uma previsão de aumento na incidência de substituições articulares do joelho de 673% nos Estados Unidos da América em 2030.

A artroplastia possui elevado custo para o sistema de saúde e, apesar dos bons resultados clínicos, não é isenta de complicações. Por isso, o tratamento conservador da osteoartrite tem sido cada vez mais utilizado numa tentativa de postergar a realização da artroplastia nos pacientes mais jovens e evitar a cirurgia naqueles cujas comorbidades aumentam o risco de eventos adversos, contraindicando a mesma.
O Programa de Acompanhamento e Tratamento da Osteoartrite do Joelho (PACTO) tem como objetivo melhorar a qualidade de vida dos pacientes com osteoartrite do joelho através do tratamento não operatório. No programa os pacientes são informados sobre a doença, recebendo orientações quanto à importância do controle de peso corporal, da realização de atividades físicas e da reabilitação para o tratamento da doença. Além disso, são medicados com remédios que visam o controle da dor e a melhora da função articular.

O programa atende em média 150 pacientes por mês, já tendo atendido mais de 6000 pacientes desde a sua criação em 2014.