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Criança recebe prótese em 3D do INTO e realiza sonho de andar de bicicleta.

Nascida com má-formação congênita, a pequena Heloá faz parte do projeto “Pelas Mãos”.

 

Andar de bicicleta é uma atividade comum para a maioria das crianças, mas para a pequena Maria Heloá, de quatro anos, dar as primeiras pedaladas foi a realização de um sonho. Diagnosticada ainda na barriga da mãe com má-formação congênita, Maria Heloá nasceu sem o antebraço esquerdo. Graças a uma adaptação criada pela equipe da Terapia Ocupacional do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), do Ministério da Saúde, este sonho pode ser realizado.

Com o sucesso da adaptação - uma espécie de pré-prótese - que passou a facilitar as atividades diárias da pequena, a terapeuta Sandra Helena deu início ao segundo passo no tratamento de Heloá: ela acaba de receber uma prótese confeccionada em impressora 3D. Foi a primeira vez que uma criança dessa idade foi protetizada no Instituto com esse tipo de tecnologia.

“A Heloá teve uma facilidade muito grande em se adaptar à pré-prótese, que tinha as mesmas funções de uma prótese, mas não permitia a movimentação dos dedos. Este foi um fator decisivo para ampliarmos as funcionalidades e o desempenho ocupacional da paciente por meio da protetização em 3D”, explica Sandra.

Além da bicicleta, Heloá consegue realizar outras atividades simples que antes não eram possíveis, como pular corda, fazer penteados no cabelo das bonecas e brincar com a bola. No momento em que recebeu a prótese, a menina se emocionou. Mas o choro logo deu lugar ao sorriso e, em instantes, Heloá já utilizava a prótese vermelha e rosa com aplicações de florzinhas para segurar objetos.

Contagiada pela emoção da filha, Samara Batista comemorou a protetização de Heloá. “Ver minha filha andar de bicicleta pela primeira vez foi uma felicidade enorme e, agora, estou ainda mais feliz porque sei que ela vai poder realizar muitas coisas e se tornar mais independente, até mesmo para brincar”, celebra a mãe.

O que para Heloá é brincadeira, para a terapia ocupacional é um meio de estimular a neuroplasticidade - a capacidade do cérebro de se organizar, se adaptar e se modificar a partir de experiências e vivências. “A terapia ocupacional trabalha com a função, com a atividade e, nessa faixa etária, a atividade principal da criança é o brincar e é por meio dela que nós promovemos a descoberta da funcionalidade da prótese'', descreve Sandra.

Além de Heloá, outras crianças já foram beneficiadas com a protetização em 3D. Batizado de “Pelas Mãos”, o projeto vem melhorando a qualidade de vida e devolvendo funcionalidade aos pacientes. As próteses confeccionadas na impressora 3D têm vantagens significativas em relação às comuns. “Além de serem confeccionadas levando-se em conta as peculiaridades de cada paciente, elas são de fácil customização, o material é mais leve e não apresenta restrição ao uso na água”, conclui Sandra.

 

 

30/03/2022

 

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