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Into realiza tratamento inovador para corrigir deformidade das pernas

    

O procedimento vem transformando a vida de crianças e adolescentes desde que foi criado, em julho do ano passado.

Na semana do Dia Mundial da Infância, Quésia Vitória, de 10 anos, já tem motivo para comemorar: ela foi a primeira paciente do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, a ser submetida a uma cirurgia com técnica inovadora para corrigir a deformidade nas pernas – provocada pela doença de Blount – e já está na fase final do tratamento. Pioneiro no Brasil, o procedimento foi criado em julho do ano passado e garante um tratamento mais confortável às crianças e adolescentes – que estão entre os casos mais frequentes, já que se trata de um distúrbio de crescimento – e com maior controle das correções ortopédicas.

Quésia desenvolveu a doença a partir dos três anos de idade, quando o encurvamento das duas pernas começou a se tornar mais grave. “Minha filha sentia muitas dores, tinha muita dificuldade para andar. Nós procuramos um tratamento e, finalmente, encontramos esse tratamento no INTO. Quando recebi a notícia de que a Quésia seria operada eu chorei de felicidade”, conta o pai da criança, Valdemir Carmo do Nascimento.

Ele destacou, ainda, a celeridade dos resultados. “Em pouco tempo, as pernas da minha filha começaram a voltar para o lugar. Fiquei muito feliz porque o resultado foi muito rápido e satisfatório”, comemorou. 

Batizada de dupla osteotomia de abertura gradual e controlada, a técnica cirúrgica insere um fixador externo na perna do paciente para a realização de duas aberturas ósseas. Por realizar essas aberturas de maneira gradual, o novo procedimento é menos doloroso e reduz as chances de necrose da pele e de lesões dos tecidos encurtados. Além disso, a estrutura do aparelho utilizado na técnica é mais leve e menor, facilitando os movimentos e a higienização do paciente.

Para o Dr. Flávio dos Santos Cerqueira, Chefe do Centro de Alongamento e Reconstrução Óssea do INTO e idealizador da técnica, esse procedimento é um agente de transformação. “Isso é mais do que uma deformidade física, acaba se tornando uma deformidade social porque são crianças que, por conta dessa condição, não querem mais ir à escola, brincar com os amigos, levar uma vida normal. Essa técnica, mais do que corrigir uma deformidade, devolve a autoestima e a confiança da criança, melhorando sua qualidade de vida”, aponta Cerqueira.

Após a realização da cirurgia no hospital, o tratamento tem continuidade em casa com a abertura manual realizada pelo responsável da criança ou do adolescente e orientada pela equipe médica. O tempo de recuperação depende de cada paciente, mas em poucos meses já é possível notar os resultados.

 

 

19/03/2021

 

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