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Impressora 3D inicia nova fase com próteses para adultos

O INTO recebeu sua primeira impressora 3D, através de uma doação, em 2017. Ali, começava o processo de produção de próteses destinadas aos pacientes infantis do Instituto.

 

“Literalmente começamos do zero”, explica a terapeuta ocupacional (TO) Sandra Helena Moura. O objetivo era atender a demanda de um segmento que não era contemplado com as próteses convencionais realizadas pelo Centro de Amputados.

 Com a impressora em mãos, coube aos profissionais do Into adquirirem o conhecimento necessário para utilizarem a nova tecnologia. Nesse sentido, Carlos Reis, especialista em TI, se debruçou na leitura de manuais de instruções e baixou os programas necessários para viabilizar o uso da impressora, enquanto as terapeutas ocupacionais responsáveis pelo projeto, Sandra Helena e Doralice Calvo, realizaram treinamentos no Instituto de Ortopedia e Traumatologia da USP, em São Paulo.

Além das equipes da Terapia Ocupacional e da Tecnologia da Informação, a pediatra Germana Bahr e a fisiatra Eliane Machado, chefe do Centro de Amputados do Into, também tiveram importante participação na produção da primeira prótese de mão em impressora 3D. Começava o projeto “Pelas Mãos”, que hoje conta também com o terapeuta ocupacional Rodrigo Santos no atendimento conjunto aos pacientes pediátricos.


No final de 2019, o INTO adquiriu mais duas impressoras 3D, buscando atender um número maior de pacientes. Sandra enumera as vantagens da protetização em 3D. “Possibilita autonomia na confecção e ajustes, podendo ser moldada e adaptada às necessidades específicas de cada indivíduo a qualquer tempo. Outra característica fundamental é o baixo custo, relevante principalmente no caso de pacientes infantis, que demandam trocas constantes. Há ainda a vantagem de que a prótese 3D não apresenta restrições ao contato com água, sendo um diferencial na realização de atividades cotidianas. Além disso, não depende de licitação e pregão, reduzindo a burocracia necessária para a aquisição de seus insumos”.

Os componentes da prótese, como os parafusos, também são confeccionados na impressora. Dessa forma, todo o processo de produção e a reabilitação são realizados no próprio INTO.

Inicialmente foram impressas próteses de mão para pacientes pediátricos com má formação congênita que apresentavam movimento ativo de punho. “Não vemos as próteses como simples objetos, mas sim como um agente facilitador na aquisição da função e no desenvolvimento neuropsicomotor. Por isso, traçamos objetivos individualizados para desenvolver suas aptidões e capacidades, de forma a compatibilizar o uso do dispositivo protético com sua importância funcional. Portanto, não basta disponibilizarmos a prótese. A reabilitação é fundamental”.  

No início de 2020, o primeiro paciente adulto com amputação transradial ingressou no projeto, recebendo uma prótese funcional de membro superior. Atualmente, participa do programa terapêutico ocupacional no INTO para adequar a sua protetização ao desempenho de suas atividades.

 O projeto pretende adotar em maior escala as próteses provenientes da impressora 3D, contemplando membros superiores e inferiores sem abrir mão das próteses convencionais. “Há pacientes que se identificam mais com as próteses convencionais. Ao final, a escolha - sempre que possível - tem que pertencer ao paciente”, assinala Sandra.

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